sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Reviravolta

Como pode tudo mudar?
É tão inexplicável. 
Porque insisto em tentar entender?
Porque as pessoas querem explicação?
Porque precisam de satisfação?
Não sei, não quero saber. 
Cansei de tentar esclarecer.
Esclarecer sem palavras.
Apenas em atos. 
Mostrar como me sinto.
Na verdade mostrar como ando me sentindo nos últimos meses.
Como as coisas tomaram tal proporção?
Não sei, não quero saber.
Na verdade não tem como saber.
Essas coisas não se explicam.
Não precisam ser explicadas.
Precisam ser sentidas.
Eu sinto.
Será que outras pessoas sentem?
Poderiam sentir.
É lindo.
É maravilhoso.
É inexplicável.
Mais uma vez fico sem palavras.
Sem explicações. 
Novamente, não me preocupo em explicar.
De novo sinto que apenas sinto.
E isso me basta!



segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

De lagarta a borboleta.

De repente você vê que o tempo passou.
As coisas mudaram.
Quase nada é o mesmo.
Forçadamente você se vê tendo que assumir responsabilidades.
Você se vê na obrigação de mudar.
E é tão difícil mudar.

Percebe então que as pessoas querem mais de você.
E o pior: quase não recebe reconhecimento pelas mudanças.
De qualquer maneira é impossível continuar o mesmo.

Sempre mudei.
Minha vida as vezes me convidou a mudar.
Outras vezes impôs mudanças.
Não importou.
O resultado sempre foi o mesmo: Mudança.

Ao ser lagarta, as coisas eram mais simples.
Mudanças mais simples.
Responsabilidades mais simples.

Ser borboleta é mais complicado.
E ao mesmo tempo maravilhoso.
Maravilha-se quando se reconhece seu amadurecimento.
Complica-se quando ainda lhe vejam como uma lagarta.

Mas, uma das coisas que aprendi sendo borboleta,
é que não se deve mais se importar com o olhar do outro.
Na verdade, o outro não conseguiu a transformação e não aceita a sua.

Transformar-se é muito mais do que mudar fisicamente.
É renascer, já diria a psicanálise.